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A meta-análise demonstrou que o óleo de menta é uma preparação à base de plantas eficaz e segura para o tratamento dos sintomas da síndrome do cólon irritável. Em vários estudos clínicos, o óleo de menta foi claramente superior ao placebo, no que se refere à melhoria dos sintomas gerais da síndrome do cólon irritável. Relativamente aos efeitos secundários, não foi detetada qualquer diferença estatisticamente significativa entre o óleo de menta e o placebo.
Os doentes com síndrome do intestino irritável sofrem frequentemente de sintomas flutuantes, tais como dores abdominais, diarreia, obstipação ou distensão abdominal. Estes sintomas têm um impacto considerável na qualidade de vida das pessoas afetadas. Está agora disponível um medicamento à base de plantas com óleo de hortelã-pimenta para o alívio sintomático de dor abdominal, espasmos ligeiros do trato gastrointestinal e flatulência, especialmente em doentes com síndrome do intestino irritável. Uma meta-análise recente resumiu os dados clínicos acerca do óleo de hortelã-pimenta [1]. Estes dados confirmam a eficácia do óleo de hortelã-pimenta no síndrome do intestino irritável e contribuem para a automedicação baseada na evidência.
O síndrome do intestino irritável é um distúrbio funcional crónico do intestino caracterizado por dores abdominais recorrentes e distensão abdominal. Também se verificam sintomas como diarreia e/ou obstipação. Estes sintomas diminuem a qualidade de vida das pessoas afetadas, implicam visitas frequentes ao médico e absentismo laboral devido a doença. Calcula-se que entre 5 e 15% da população do mundo ocidental seja afetada pelo síndrome do intestino irritável [2]. Esta doença é mais comum nas mulheres do que nos homens [3].
Para os sintomas do síndrome do intestino irritável está agora disponível um medicamento à base de plantas com óleo de hortelã-pimenta. Os constituintes do monoterpeno podem ter um efeito positivo na patofisiologia do síndrome do intestino irritável. O L-mentol bloqueia os canais de cálcio no músculo liso, produzindo deste modo efeitos antiespasmódicos no trato gastrointestinal. O óleo de hortelã-pimenta também tem propriedades antimicrobianas, antioxidantes, imunomoduladoras e anestésicas locais, as quais podem também ser importantes para tratar os sintomas do síndrome do intestino irritável.
Uma meta-análise recente confirma a eficácia e a segurança
Os dados clínicos disponíveis acerca do óleo de hortelã-pimenta no síndrome do intestino irritável foram agora reunidos e avaliados numa meta-análise recente, cujo objetivo foi confirmar a sua eficácia quando comparado com placebo em doentes com síndrome do intestino irritável e também registar possíveis efeitos adversos.
Foram incluídos todos os ensaios aleatorizados, controlados por placebo, usando cápsulas de óleo de hortelã-pimenta com revestimento entérico e um período de tratamento de, pelo menos, duas semanas. O critério de inclusão era que os doentes sofressem de síndrome do intestino irritável diagnosticado através de critérios reconhecidos, e que doenças orgânicas tivessem sido excluídas.
Por fim, foram avaliados 12 ensaios clínicos aleatorizados envolvendo um total de 835 doentes. Em sete ensaios clínicos, o óleo de hortelã-pimenta foi claramente superior ao placebo no que se refere à melhoria global dos sintomas do síndrome do intestino irritável (rácio de risco: 2,39 – ver Figura 1). Em seis ensaios clínicos, o óleo de hortelã-pimenta foi também mais eficaz do que o placebo para a dor abdominal (rácio de risco: 1,78 – ver Figura2). No que se refere a efeitos adversos, não foi observada diferença significativa entre o óleo de hortelã-pimenta e o placebo – conforme demonstrado pelos dados obtidos em oito ensaios clínicos (Figura 3).
Figura 1: Melhoria global dos sintomas do síndrome do intestino irritável com óleo de hortelã-pimenta comparado com placebo
Gráfico de floresta de uma meta-análise de sete ensaios clínicos aleatorizados, controlados por placebo, usando cápsulas de óleo de hortelã-pimenta com revestimento entérico comparadas com placebo. No que se refere à melhoria global dos sintomas do intestino irritável1, o óleo de hortelã-pimenta foi muito mais eficaz do que o placebo. *Modificado a partir de [1] 1De acordo com o original em inglês
Figura 2: Melhoria da dor abdominal com o óleo de hortelã-pimenta comparado com placebo
Gráfico de floresta de uma meta-análise de seis ensaios clínicos aleatorizados, controlados por placebo, usando cápsulas de óleo de hortelã-pimenta com revestimento entérico comparadas com placebo. O óleo de hortelã-pimenta foi muito mais eficaz do que o placebo no que se refere à dor abdominal. *Modificado a partir de [1]
Figura 3: Efeitos adversos do óleo de hortelã-pimenta comparado com placebo
Gráfico de floresta de uma meta-análise de oito ensaios clínicos aleatorizado, controlados por placebo, usando cápsulas de óleo de hortelã-pimenta com revestimento entérico comparadas com placebo. Não pôde ser demonstrada uma diferença significativa entre o óleo de hortelã-pimenta e o placebo no que se refere a efeitos adversos. *Modificado a partir de [1]
Significado para a prática farmacêutica
Esta meta-análise, a mais abrangente publicada acerca da eficácia do óleo de hortelã-pimenta nos sintomas do síndrome do intestino irritável, demonstrou que o óleo de hortelã-pimenta é uma substância eficaz e com bom perfil de segurança para o tratamento dos sintomas do síndrome do intestino irritável. Isto aplica-se aos sintomas de um modo geral, bem como ao alívio da dor abdominal. A incidência de efeitos adversos foi semelhante ao placebo. Desta forma o óleo de hortelã-pimenta pode ser recomendado na prática farmacêutica como automedicação baseada na evidência para o alívio sintomático de dor abdominal, espasmos ligeiros do trato gastrointestinal e flatulência, especialmente em doentes com síndrome do intestino irritável [4].
Alammar N et al. The impact of peppermint oil on the irritable bowel syndrome: a meta-analysis of the pooled clinical data. BMC Complementary and Alternative Medicine. 2019;19:21, https://doi.org/10.1186/s12906-018-2409-0.
Choung RS & Locke GR 3rd. Epidemiology of IBS. Gastroenterol Clin N Am. 2011;40 (1), 1–10
Lovell RM & Ford AC. Global prevalence of and risk factors for irritable bowel syndrome: a meta-analysis. Clin Gastroenterol Hepatol 2012;10 (7): 712-21.e4
Layer P et al. S3-Leitlinie Reizdarmsyndrom: Definition, Pathophysiologie, Diagnostik und Therapie. Z Gastroenterol 2011;49: 237–293.
Conflito de interesses: H. Weigmann é funcionário da Sanofi.
Divulgação: Texto e publicação médica financiados por Sanofi Aventis Deutschland GmbH.
Empresa/Correspondência: Harald Weigmann, PhD, Consumer Healthcare Medical Affairs, Sanofi-Aventis Deutschland GmbH, Industriepark Hoechst, 65026 Frankfurt am Main, Germany (harald.weigmann@sanofi.com)
Data de entrega: 22.12.2020Data de aprovação: 02.01.2021Data de publicação: 16.08.2021