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País:Portugal
Idioma:português

Caraterísticas próprias da mulher no que se refere à ocorrência e tratamento da obstipação


EFSM: 2021;1:210095DOI: 10.52778/efsm.21.0095Data de publicação: 16.08.2021
Sabine Landes

A obstipação não tem impacto apenas nos movimentos intestinais diários mas também no bem-estar das pessoas afetadas. Um inquérito online a mais de 5000 participantes demonstrou que as mulheres são frequentemente muito mais afetadas - quer do ponto de vista físico quer emocional – do que os homens. No que se refere ao tratamento, dados obtidos em estudos efetuados  com os laxantes bisacodil e picossulfato de sódio demonstraram que as mulheres tiveram uma resposta mais rápida aos laxantes e, relativamente à sua qualidade de vida, tiveram maior benefício do tratamento do que os seus parceiros masculinos.

As queixas relativas a obstipação aguda ou crónica estão entre os sintomas mais frequentemente referidos na farmácia no contexto da automedicação. A investigação científica recente dá-nos uma ideia acerca das diferenças específicas do género na obstipação, especialmente no que se refere à gravidade, bem-estar pessoal e resposta a intervenções terapêuticas.

Um inquérito online a 5000 participantes avaliou o impacto de episódios de obstipação aguda na vida quotidiana dos consumidores [1]. As questões incluíram perguntas acerca de sintomas e bem-estar.

De acordo com os resultados do inquérito, a ocorrência de sintomas típicos, como esforço excessivo ao defecar (71,5% contra 60,3%), distensão abdominal (63,2% contra 42,4%) ou longos períodos entre os movimentos intestinais (55,4% contra 40,7%) foram referidos mais frequentemente pelas mulheres do que pelos homens. O número de sintomas e a sua gravidade média foram mais elevados nas mulheres. As mulheres pareceram sofrer mais frequentemente do que os homens de um episódio de obstipação com uma duração superior a um dia (82,2% contra 68,0%).

À questão de que modo um episódio de obstipação tinha influência na vida quotidiana, a resposta mais frequentemente dada pelos dois géneros foi “sinto desconforto físico” (75,5% contra 65,5%). Porém, num interrogatório mais pormenorizado, verificaram-se diferenças acentuadas entre homens e mulheres na perceção da perturbação física (ver figura). A variável que evidenciou as maiores diferenças dizia respeito aos sintomas da distensão gástrica, que ocorreu com maior frequência nas mulheres e que deu origem a maior desconforto emocional: “Não me sinto atraente”.

Outra publicação científica também se debruçou sobre diferenças de género relacionadas com o tratamento da obstipação. A resposta de mulheres e homens ao tratamento com laxantes estimulantes (bisacodilo/picosulfato de sódio) foi investigada com base em dados de um estudo combinado, num total de 718 doentes [2]. Ambos os fármacos mostraram ser compatíveis com as diretrizes, foram eficazes e bem tolerados [3]. O período de observação foi de 4 semanas. Os resultados evidenciaram uma acentuada melhoria na função intestinal em ambos os géneros após o tratamento com o laxante, quando comparado com os doentes aos quais foi administrado um placebo. Deve ser referido que a frequência das defecações – especialmente no início do uso de laxantes – aumentou mais nas mulheres do que nos participantes masculinos no estudo.

A ingestão de bisacodilo/picosulfato de sódio melhorou a qualidade de vida relacionada com a saúde (QVRS) em ambos os sexos. As mulheres tiveram maior benefício com a toma da medicação, especialmente no que se refere aos pontos “Satisfação” e “Desconforto físico”.

Resumo: a investigação científica recente indica que os sintomas da obstipação ocorrem mais frequentemente em mulheres do que em homens e as consequências destes episódios de obstipação têm maior impacto físico e emocional nas mulheres do que nos homens. A resposta à ingestão de um laxante ocorre mais rapidamente nas mulheres e a melhoria da qualidade de vida relacionada com a saúde também parece ser mais acentuada nas mulheres.

Bibliografia

  1. Lange R, Trasy A, Kammann P. Real-World Insights on Gender Differences on the Impact of Constipation to Daily Life. NeuroGASTRO 2019 – Biennal Meeting of the European Society of Neurogastroenterology and Motility, Lisbon, 2019.
  2. Landes S. Analysis of gender specific responses to laxative treatment. NeuroGASTRO 2019 – Biennal Meeting of the European Society of Neurogastroenterology and Motility, Lisbon, 2019.
  3. Andresen et al. S2k -Leitlinie Chronische Obstipation: Definition, Pathophysiologie, Diagnostik und Therapie; Gemeinsame Leitlinie der DGNM und DGVS; AMWF-Registernummer 021/019, 2013.

Conflito de interesses: S. Landes é funcionária da Sanofi.

Divulgação: Publicação financiada por Sanofi Aventis Deutschland GmbH.

Empresa/Correspondência: Sabine Landes, PhD, Consumer Healthcare Medical Affairs, Sanofi-Aventis Deutschland GmbH, Industriepark Hoechst, 65026 Frankfurt am Main, Germany
Data de entrega: 13.10.2020Data de aprovação: 23.12.2020Data de publicação: 16.08.2021
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