Fechar

PT - PT


Please select a country and, if applicable, a language.

Voltar à página de visão geral
País:Portugal
Idioma:português

Macrogol – tratamento da obstipação com base nas diretrizes


EFSM: 2021;1:210205DOI: 10.52778/efsm.21.0205Data de publicação: 16.08.2021
Marion Eberlin e Tanja Schütt

Um aumento na frequência das evacuações e uma melhoria na consistência das fezes desempenham um papel decisivo no alívio da obstipação. Diretrizes internacionais e nacionais reconhecem o efeito positivo do macrogol relacionado com os dois parâmetros, com um elevado nível de evidência. É considerado bem tolerado e seguro. Algumas diretrizes recomendam os laxantes estimulantes bisacodil e picossulfato de sódio com o mesmo grau de recomendação.

A obstipação é um assunto de que ninguém gosta de falar. As pessoas afetadas por esse problema têm relutância em falar sobre o tema, porque os problemas intestinais de cada um não são para discutir em público… Os farmacêuticos e até mesmo os médicos têm, frequentes vezes, dificuldade em classificar adequadamente a obstipação como um problema de saúde importante, pelo que esta é, muitas vezes, considerada uma queixa de importância secundária sem estatuto de doença [1, 2]. Porém, a obstipação deve fazer soar o alarme, porque entre 3 e 27% da população global sofre de obstipação, que, na maior parte dos casos, é crónica e para a qual os doentes recebem, não raras vezes, uma ajuda inadequada [3].

As guidelines internacionais estão de acordo em que a terapêutica deve ser iniciada com medidas gerais (mais fibras, líquidos e exercício), de modo a compensar qualquer insuficiência. É interessante verificar, todavia, que, de uma maneira geral, não existe a indicação, por parte dos doentes, de que a presença de fibras na sua dieta, a ingestão de líquidos ou o exercício sejam insuficientes. Nestes casos, as guidelines abstêm-se de fazer recomendações e, depois de as medidas gerais terem provado ser inadequadas, o foco desvia-se para o tratamento sintomático com fármacos.

Contudo, as medidas gerais acima descritas são experimentadas antes da primeira consulta na farmácia ou no consultório do médico – muitas vezes de modo bastante excessivo – porque são frequentes vezes publicitadas na imprensa não-especializada. A falta de êxito ou os efeitos indesejáveis que ocorrem, como por exemplo flatulência, acabam por levar as pessoas a, finalmente, falarem deste assunto incómodo e tabu e procurarem a opinião de um especialista [4, 5].

De acordo com as guidelines internacionais, o laxante osmótico macrogol é um agente comprovado dos tratamentos de obstipação em todo o mundo (ver Quadro). O macrogol está classificado como bem tolerado e com bom perfil de segurança, o que explica a razão pela qual este fármaco é também recomendado e usado em grupos particularmente sensíveis, como crianças e mulheres grávidas ou em período de amamentação [1, 3, 6]. Frequentemente, as guidelines também aconselham os laxantes estimulantes bisacodilo ou picossulfato de sódio em pé de igualdade com o macrogol [1]. Inúmeros estudos têm confirmado a eficácia e a tolerabilidade do fármaco quando comparado com um placebo e outros tratamentos [7, 8, 9]. Em comparação, a lactulose ou as antraquinonas, como o sene, são consideradas moderadamente eficazes e moderadamente bem toleradas [3].

Conclusões:

Todas as guidelines internacionais estão de acordo: o macrogol proporciona um alívio eficaz e bem tolerado aos doentes com obstipação. Outra coisa que as farmácias e os consultórios médicos podem fazer quando aconselham os doentes é abordar frontalmente o tópico da obstipação e tratar das ansiedades e sentimentos de culpa dos doentes afetados. Os dados científicos mostram que, na grande maioria dos casos, o estilo de vida não é a razão do problema e os laxantes como o macrogol podem ser usados sem ficar de consciência pesada.

Quadro: Resumo do macrogol nas guidelines internacionais sobre o tratamento da obstipação [seleção]

Faça scroll para a direita para ver todos os conteúdos

Área de validade [ano de publicação]  

Editora/Título da guideline

Recomendações e instruções acerca do macrogol (PEG)  

Citações:

Nota: Todos os números de referência dentro das citações são aqueles usados na lista de referências na publicação original citada.

Referência

Europa [2020]  

ESNM: Guidelines da Sociedade Europeia de Neuro­gastro­enterologia e Motilidade sobre a obstipação funcional em adultos

Afirmação 41: Os laxantes salinos, especialmente o polietilenoglicol (PEG), são eficazes no tratamento dos sintomas de obstipação em doentes com obstipação crónica; Nível de evidência: Forte; Recomendação: Forte; Nível de concordância: 100%; Evidência atual e literatura: A evidência que suporta a utilidade dos laxantes salinos, especialmente o polietilenoglicol (PEG), é forte. Há vários ensaios de grande dimensão e elevada qualidade que suportam o facto de o PEG ser superior ao placebo na melhoria dos sintomas em doentes com obstipação crónica, com um NNT de 3 (IC de 95% 2‐4).8, 172-180. Além disso, uma análise da Revisão Cochrane também concluiu que o PEG é superior à lactulose em doentes com obstipação crónica, resultando em defecações mais frequentes, fezes mais moles e menos dores abdominais. O PEG também aumenta o número de movimentos intestinais completos espontâneos, melhora a consistência das fezes e reduz o esforço defecatório, sem afetar claramente a dor abdominal, em doentes com IBS‐C, sustentando também a sua utilidade no tratamento da obstipação. Os efeitos secundários mais frequentes com o PEG são diarreia e dores abdominais, mas nem todos os ensaios consideram que estes efeitos são mais frequentes em doentes tratados com PEG do que no grupo do placebo.[3]

Alemanha [2013]

DGNM / DGVS: Guideline S2k sobre Obstipação Crónica: Definição, fisiopato­logia, diagnó­stico e terapêu­tica

Afirmação 5-1; Tratamento medicamentoso convencional (“laxantes” convencionais) (Forte consenso)

Macrogol, picossulfato de sódio e bisacodilo devem ser usados como medicação de primeira linha. Não existe justificação para a limitação do seu período de uso. Podem também ser usados na gravidez.

Comentário: Macrogol, bisacodilo e picossulfato de sódio são eficazes e seguros na obstipação funcional e crónica e estão entre os agentes de primeira escolha. Isto também se aplica à gravidez. Na obstipação crónica, a dosagem e a frequência da ingestão são definidas pelas necessidades individuais. A escolha no que se refere à forma de apresentação (comprimidos revestidos por película, gotas, pó solúvel (por via oral)) e sabor, baseia-se na preferência do doente. A eficácia e segurança de macrogol (=PEG=polietilenoglicol 3350 ou 4000) na obstipação crónica têm sido demonstradas em inúmeros estudos. Uma meta-análise [79] concluiu que, em termos de frequência das defecações e consistência das fezes, alívio da dor abdominal e necessidade de ingestão de laxantes, o PEG é superior à lactulose (melhor eficácia com menos efeitos secundários). Num estudo comparativo, o macrogol foi mais eficaz do que tegaserod, agonista parcial dos recetores 5-HT4 [80]. Embora tenham sido excluídas mulheres grávidas dos estudos controlados, não existem reservas acerca do uso durante a gravidez [81]. O PEG passa apenas por uma absorção mínima e é excretado inalterado na urina [82]. É desnecessária a adição de eletrólitos quando o PEG é usado como laxante; isto apenas é necessário no caso de lavagem intestinal ou no tratamento de coprostase. As preparações sem eletrólitos têm sabor mais agradável [83].

[1]

França [2018]

FNSC: Guidelines sobre prática clínica da Sociedade Nacional Francesa de Coloprocto­logia no tratamen­to da obstipação crónica

Laxantes de primeira linha

Os laxantes osmóticos e de volume continuam a ser o meio laxante de primeira linha para o tratamento de obstipação crónica, nomeadamente durante a gravidez (recomendação de especialistas). Os laxantes osmóticos são recomendados como tratamento de primeira linha para a obstipação, com base da sua eficácia e boa tolerância face às normas dietéticas ou como complemento das mesmas (Nível II, Grau B). São mais eficazes do que um placebo, com um aumento de 2–3 defecações por semana e um êxito duas vezes maior (≥3 defecações/semana) (Nível I, Grau A). Entre os laxantes osmóticos, o polietilenoglicol é mais eficaz do que a lactulose na melhoria da frequência das defecações e da consistência das fezes, bem como no que se refere à dor abdominal (Nível I, Grau A) [15–20]. Os laxantes de volume podem ser solúveis (psílio, ispaghula, etc.) ou fibras não-solúveis (farelo de trigo). Estes são polissacarídeos orgânicos que retêm a água no lúmen intestinal. Devem ser ingeridos com quantidades suficientes de água [13,21,22]. São também uma opção laxante de primeira linha (Nível II, Grau B). Além disso, podem melhorar a frequência e consistência das fezes, bem como os sintomas de disquesia. Os seus principais efeitos secundários são meteorismo e flatulência. Os laxantes de volume estão contraindicados em casos de estenose intestinal, impactação fecal ou colite inflamatória.

[10]

Itália [2012]

AIGO / SICCR: Declaração de consenso de AIGO / SICCR acerca do diagnós­tico e tratamento de obstipação crónica e defecação obstruída (parte II: tratamen­to)  

Tratamento médico na obstipação crónica 🡪 Polietilenoglicol: nível de evidência I; grau de recomendação: A  

Ensaio de PEG controlado por placebo: O PEG é um polímero orgânico que não é degradado pela flora intestinal. A eficácia do PEG tem sido documentada em inúmeros ensaios [40-44]. O PEG aumentou a frequência das defecações (P < 0,01) ao mesmo tempo que melhorou a consistência das fezes [40,41,43] e reduziu outros sintomas de obstipação [41,43]. Soluções iso-osmóticas ou hipo-osmóticas de PEG melhoraram de forma consistente a frequência dos movimentos intestinais em comparação com a frequência antes do tratamento (P < 0,001) [45]. O PEG foi bem tolerado e os efeitos secundários (cólicas abdominais, flatulência, náuseas) foram raros.

Ensaios de PEG versus outros laxantes: O PEG é mais eficaz do que a lactulose [31,32] no aumento da frequência das defecações e na melhoria da consistência das fezes. Em doentes tratados com PEG, houve também taxas inferiores de uso de medicação de alívio e flatulência. Um ensaio mostrou que o PEG foi mais eficaz do que o tegaserod [46]. O PEG é um pilar no tratamento da obstipação idiopática crónica devido à sua elevada eficácia. Existem evidências de que o PEG tem benefícios significativos em comparação com placebos e outros laxantes. Além disso, estudos retrospetivos mostram que o PEG permanece eficaz por um período de até dois anos de tratamento [46,47]. O uso de PEG é apoiado por evidência de Nível I, recomendação de Grau A.

[11]

Reino Unido [2019]

HERPC: Guideline sobre a Gestão da Obstipação aprovada pelo HERPC

TRATAMENTO RECOMENDADO DA OBSTIPAÇÃO EM ADULTOS: Segunda linha: LAXANTE OSMÓTICO: Macrogol – 1 a 3 saquetas por dia em doses divididas +/- Laxante ESTIMULANTE

Tratamento da impactação fecal: Primeira linha (por via oral): Macrogol – 8 saquetas por dia em doses divididas.  

[12]

Global [2011]

WGO: Guideline Global da Organização Mundial de Gastro­enterologia Obstipação — Uma Perspetiva Global

O Segundo passo na abordagem gradual é adicionar laxantes osmóticos. A melhor evidência é relativa ao uso de polietilenoglicol, mas existem também boas evidências no que se refere à lactulose. [13]

EUA [2013]

AGA: Associação Médica Americana de Gastro­enterologia Declaração de Posição sobre a Obstipação

Sugerimos um aumento gradual na ingestão de fibras, quer sob a forma de alimentos incluídos na dieta quer como suplementos e/ou agente osmótico pouco dispendioso, como leite de magnésia ou polietilenoglicol. Dependendo da consistência das fezes, o próximo passo pode ser suplementar o agente osmótico com um laxante estimulante (por exemplo, supositórios de bisacodilo ou glicerina), que é administrado, de preferência, 30 minutos após uma refeição para efetuar a sinergia do agente farmacológico com o reflexo gastrocólico.[14]

Coreia do Sul [2015]

Sociedade Coreana de Neuro­gastro­enterologia e Motilidade: Guidelines relativas ao Diagnóstico e Tratamento de Obstipação Funcional Crónica na Coreia

24. Afirmação: O polietilenoglicol melhora a frequência das defecações e a consistência das fezes em doentes com obstipação crónica.

  • Grau de recomendação: 1.; Nível de evidência: A.
  • Opiniões de especialistas: concordam completamente (73,1%), concordam na maior parte (26,9%), concordam parcialmente (0%), discordam na maior parte (0%), discordam completamente (0%), não têm a certeza (0%).

 

25. Afirmação: A administração de longo prazo de polietilenoglicol é recomendada, porque as reações adversas graves são raras.

  • Grau de recomendação: 1.; Nível de evidencia: A.
  • Opiniões de especialistas: concordam completamente (50,0%), concordam na maior parte (50,0%), concordam parcialmente (0%), discordam na maior parte (0%), discordam completamente (0%), não têm a certeza (0%).
[15]

México [2018]

Associação Mexicana de Gastro­entero­logia.            Consenso Mexicano sobre obstipação crónica

24. O polietilenoglicol é o laxante mais amplamente estudado em obstipação funcional, tendo sido demonstrado que aumenta a frequência das defecações e melhora a consistência das fezes.

Qualidade da evidência e força da recomendação: A1 forte, a favor da intervenção (completamente de acordo: 86%; parcialmente de acordo: 14%).

O polietilenoglicol é um polímero orgânico cuja atividade osmótica é proporcional ao número de monómeros que o formam. É metabolicamente inerte, não metabolizado nem degradado por bactérias colónicas e interage com a água numa solução para aumentar a pressão osmótica. Existem inúmeros estudos que evidenciam a eficácia do PEG sobre o placebo, a lactulose e outros laxantes no tratamento de obstipação funcional.113-118 Numa meta-análise recente,119 foram avaliados 19 estudos (9 apenas com PEG, 8 com PEG mais eletrólitos e 2 que compararam PEG versus PEG mais eletrólitos), evidenciando que a administração de PEG (com e sem eletrólitos) aumentou o número de movimentos intestinais por semana e amoleceu a consistência das fezes. De acordo com a Revisão Cochrane de 2010, PEG120 é superior à lactulose no aumento da frequência da defecação, amolecimento da consistência das fezes e redução da necessidade de medicação de alívio. O NNT estimado é de 3 (IC de 95%: 2-4) e a maioria dos estudos tiveram menos viés e heterogeneidade do que os estudos envolvendo outros fármacos. Os efeitos secundários notificados foram pouco frequentes e os mais comuns foram dores abdominais e cefaleias. Embora a maior parte dos estudos tenham tido um seguimento inferior a 6 meses, a eficácia do PEG não pareceu diminuir após esse período de tempo. A dose aconselhada é de 17 g de PEG diluído em, pelo menos, 250 ml de água.

[16]

América Latina [2008]

Consenso Latino-Americano sobre Obstipação Crónica

Laxantes osmóticos

O polietilenoglicol (PEG) tem evidenciado eficácia e segurança em estudos bem delineados em doentes com obstipação crónica (recomendação de grau A).

Não existem estudos que avaliem a lactulose na gestão da obstipação crónica no decurso dos últimos 10 anos e a única evidência recente sugere que é menos eficaz que o PEG. Porém, dado que os estudos anteriores foram considerados aceitáveis, o Consenso não desaprova o seu uso quando for necessário (recomendação de grau C). Os agentes neste grupo incluem açúcares não-absorvíveis (lactulose), agentes salinos (hidróxido de magnésio) e PEG. Os estudos clínicos da lactulose são antigos e têm limitações metodológicas; todavia, sugerem que é mais eficaz do que o placebo52–56 . Estudos recentes compararam a lactulose com o PEG e, embora se possa dizer que têm uma qualidade metodológica intermédia, o PEG provou ser mais eficaz do que a lactulose e apresentou menos efeitos adversos55,56 (Quadro V). Alguns estudos bem delineados demonstraram que o PEG é eficaz tanto em intervenções de curto prazo como de longo prazo (6 meses) (Quadro VI). A dose é de 17-32 g/dia, com um rápido período de início da ação (0,5-1 h) e o efeito secundário mais frequente é incontinência fecal devido à sua potência laxativa57–59 . Um estudo comparou o PEG com a lactulose e demonstrou que o PEG em doses de 13-39 g/dia foi mais eficaz e mais bem tolerado na obstipação crónica56. Por último, não foram efetuados estudos clínicos com hidróxido de magnésio na obstipação crónica.

[17]

Bibliografia 

  1. Andresen V et al. S2k-Leitlinie Chronische Obstipation: Definition, Pathophysiologie, Diagnostik und Therapie. Z Gastroenterol 2013; 51: 651–672.
  2. Müller-Lissner et al. Levels of satisfaction with current chronic constipation treatment options in Europe – an internet survey. Alimentary Pharmacology & Therapeutics. 2013. 37(01):137–145.
  3. Serra et al. European society of neurogastroenterology and motility guidelines on functional constipation in adults. Neurogastroenterology & Motility. 2020; 32: e13762.
  4. Müller-Lissner et al. Myths and misconceptions about chronic constipation. American Journal of Gastroenterology. 2005; 100(1):232–242.
  5. Müller-Lissner. Pharmakologische Behandlung der Obstipation. Internist 2013;54:498–5049.
  6. Alsalimy N, Madi L, Awaisu A. Efficacy and safety of laxatives for chronic constipation in long- term care settings: A systematic review. J Clin Pharm Ther. 2018; 43:595–605.
  7. Kamm, M.A. et al: Stimulant Laxatives are Effective in Chronic Constipation: Multi-Center, 4-Week, Double-Blind, Randomized, Placebo-Controlled Trial of Bisacodyl. Gastroenterology 2010, 138(5): 228.
  8. Müller-Lissner, S. et al: Multicenter, 4-Week, Double-Blind, Randomized, Placebo-Controlled Trial of Sodium Picosulfate in Patients With Chronic Constipation. American Journal of Gastoenterology 2010, 105: 897–903.
  9. Dipalma et al. A randomized, multicenter, placebo-controlled trial of polyethylene glycol laxative for chronic treatment of chronic constipation. Am J Gastroenterol. 2007 Jul;102(7):1436-41.
  10. Vitton et al. Clinical practice guidelines from the French National Society of Coloproctology in treating chronic constipation. European Journal of Gastroenterology & Hepatology: 2018. 30(4): 357–363.
  11. Antonio Bove et al Consensus statement AIGO/SICCR diagnosis and treatment of chronic constipation and obstructed defecation (part II: treatment) World J Gastroenterol. 2012 Sep 28;18(36):4994-5013. doi: 10.3748/wjg.v18.i36.4994.
  12. HERPC Guideline on Management of Constipation approved by HERPC, 2019; https://www.hey.nhs.uk/wp/wp-content/uploads/2019/08/GUIDELINE-Constipation-guidelines-updated-may-19.pdf (accessed 5.11.2020)
  13. Lindberg et al. World Gastro-enterology Organization Global Guideline Constipation—A Global Perspective. Journal of Clinical Gastroenterology. 2011, 45(6): 483–487.
  14. Dorn et al. American Gastroenterological Association Medical Position Statement on Constipation. 2013. 144(1), 211–217
  15. Shin et al. Guidelines for the Diagnosis and Treatment of Chronic Functional Constipation in Korea, 2015. Revised Edition. J Neurogastroenterol Motil, Vol. 22 (3), 2016
  16. J.M. Remes-Troche et al. The Mexican consensus on chronic constipation. Revista de Gastroenterología de México. 2018;83(2):168–189
  17. Consenso Latinoamericano de Estreñimiento Crónico Gastroenterol Hepatol. 2008; 31 (2): 59-74 doi: 10.1157 / 13116072 , https://www.elsevier.es/es-revista-gastroenterologia-hepatologia-14-articulo-consenso-latinoamericano-estrenimiento-cronico-S0210570508712664 translated into English with Google Translate (accessed 5.11.2020)

Conflito de interesses: M. Eberlin e T. Schütt são funcionários da Sanofi. 

Divulgação: Texto e publicação médica financiados por Sanofi Aventis Deutschland GmbH.

Empresa/Correspondência: Marion Eberlin, PhD, Consumer Healthcare Medical Affairs, Sanofi-Aventis Deutschland GmbH, Industriepark Hoechst, 65026 Frankfurt am Main, Germany e Tanja Schütt, PhD, Sanofi-Aventis Deutschland GmbH, Frankfurt am Main, Germany
Data de entrega: 20.11.2020Data de aprovação: 24.12.2020Data de publicação: 16.08.2021
Voltar à página de visão geral
Subscreva agora a nossa newsletter gratuita.

Com ela estará sempre a par das nossas publicações.